Na última segunda-feira (29), a Fundação Sagres recebeu, em seu Centro de Mídias, localizado em Aparecida de Goiânia, o presidente da Associação Nacional das Escolas Privadas da Angola, Antonio Pacavira. O dirigente esteve no Brasil para uma série de agendas, em Brasília e Goiás, visando a criação de uma organização para intercâmbio de experiências educativas oriundas de países de língua portuguesa. Esta visita ocorre na sequência de encontros realizados pela ministra da educação, Luísa Grilo, ainda no mès de dezembro de 2023.
Além de apresentar a tecnologia de inteligência educacional Sagres Educa, disponível para cerca de 300 mil alunos e professores do Ensino Fundamental e Médio, Pacavira também conheceu a tecnologia social oferecida aos jovens, de 14 a 24 anos, com o propósito de favorecer a permanência na escola, proporcionar distribuição de renda e acesso ao mercado de trabalho por meio de parcerias com órgãos públicos e privados nos 27 estados brasileiros.
Nos dois projetos, Pacavira pode conhecer as estratégias adotadas para impactar e transformar crianças, adolescentes e jovens de todo Brasil. Desde conteúdos alinhados com a sustentabilidade – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável -, produções lúdicas baseadas em eduentretenimento, controle e monitoramento dos alunos por habilidades, até a prestação de serviços de assistência social e psicossocial, chegando a alcançar até mesmo a família dos participantes do projeto.
Brasil e Angola se conectam pela língua (os dois são lusofônicos), pela cultura e pela história. Boa parte dos negros que desembarcaram em terras brasileiras, durante o século XV e XVI, vítimas da escravidão, vieram do país africano. Temos familiaridades culturais e de linguagem que tem sua origem há mais de 500 anos e facilitam uma troca de experiências.
A Angola sofre com a desigualdade social acentuada, uma economia baseada na agricultura (cereais e extrativismo) e nas últimas décadas foi uma das dez nações na extração de petróleo e seus derivados. Com mais de 33 milhões de habitantes e uma população de mais de 8 milhões de matriculados na escola.
Os africanos têm buscado experiências no Brasil para fortalecer as políticas públicas voltadas à criança, ao adolescente e à juventude. Na visita no fim do ano passado, Luísa Grilo veio conhecer o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), programas de alfabetização na idade certa, as escolas em tempo integral e Escola Conectadas.
Antonio Capavira tem defendido o uso de tecnologia e liderado o discurso para o desenvolvimento de professores, o aprimoramento de habilidades dos estudantes e a busca de novos métodos de aprendizagem.
[COP À COP]
– ALFA MAIS. Nesta semana, a Superintendência do Ensino Fundamental da Seduc Goiás realiza o I Encontro Formativo 2024 para apoiar municípios goianos no processo de alfabetização de alunos matriculados na rede pública, no 1º e 2º ano do Ensino Fundamental no estado. A abertura será realizada com palestra da Dra Mônica Samia.
– SEMANA SEM ÁGUA. O abastecimento de água foi suspenso durante a última semana em diversas regiões da cidade de San José, na Costa Rica. As reservas da cidade foram contaminadas por xileno, um hidrocarboneto incolor, de aroma adocicado e que se inflama facilmente. Cerca de 107 mil pessoas foram afetadas pela suspensão. Até o momento, as autoridades locais não sabiam explicar como a substância entraram no sistema de abastecimento da cidade.
– REVOGAÇÃO BNCC. O governo federal iniciou os estudos para desenvolvimento do Plano Nacional da Educação 2025-2034. A Conferência Nacional de Educação (Conae) propõe a revogação do novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Caso isso seja acatado pelo governo, até que sejam feitos novos debates, toda a estrutura da educação retroagirá as diretrizes de 2014.